Você conhece upcycling? Não é nenhuma novidade, mas nos últimos tempos, esse termo tem conquistado novo fôlego, graças às técnicas sustentáveis e à maior preocupação com questões ESG. O upcycling consiste, basicamente, em dar nova vida a materiais que seriam descartados, com criatividade e qualidade igual ou até superior ao produto original. Na indústria da moda, o upcycling surge como uma solução que está começando a ser desenvolvida por pequenos artesãos e marcas, como é o caso da Florita, marca de wellness, que fabrica biquínis e outras peças com um tecido produzido a partir da reciclagem de resíduos plásticos.

De forma criativa, a marca, fundada em 2017, transforma o que era resíduo em um novo objeto com utilidade, evitando desperdícios e fechando a cadeia circular do plástico. Sua primeira peça com o material foi uma canga feita a partir de 14 garrafas PET recicladas. Hoje, além das peças viabilizadas em coleções passadas, a marca possui um modelo na coleção atual fabricada com tecido de plástico reciclado. Para isso, o material é selecionado, sanitizado e transformado em pequenos flocos, que são aquecidos até virarem grãos, são fundidos e transformados em tecido resistente, duradouro e, geralmente, impermeável.  

“Apesar das controvérsias, usar tecidos fabricados com resíduos plásticos não deixa de ser uma solução ativa para a sustentabilidade dos plásticos. Quando comecei a mudar minha linha de pensamento e hábitos, organicamente também mudou minha maneira de pensar que tipo de trabalho criativo e de marca gostaria de colocar no mundo. Foi em um evento em Paris sobre moda e sustentabilidade, que dava a previsão do mundo dos próximos quatro anos (muito do que estamos vivendo hoje), em que me identifiquei com o universo e nasceu a Florita.”, conta Júlia Almeida, diretora criativa e fundadora da Florita.  

Não é só o segmento da moda busca soluções para a redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia; esse é um esforço crescente em diversos setores da sociedade civil. Diversas empresas que utilizam plástico em seus produtos, por exemplo, estão procurando e desenvolvendo alternativas para a reutilização do material, a chamada economia circular. Segundo a pesquisa sobre reciclagem mecânica do plástico encomendada pelo Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), 23,1% dos resíduos pós-consumo no Brasil foram reciclados no ano de 2020, demonstrando as oportunidades de crescimento para esse segmento.

“Iniciativas como essa da Florita são importantes para que resíduos plásticos possam ter destinação correta, gerando menos impacto no meio ambiente por meio do consumo consciente e descarte apropriado dos materiais. O plástico, se aliado à tecnologia, à criatividade e à responsabilidade, pode ser um material de grande valor”, finaliza Mariana Fernandes, do Movimento Plástico Transforma.

 Sobre o Movimento Plástico Transforma

Criado em 2016, o Movimento Plástico Transforma tem como objetivo promover conteúdo e ações educativas que demostram que o plástico, aliado à tecnologia, à criatividade e à responsabilidade, traz inúmeras possibilidades para os mais diferentes segmentos. Além do site, em que é possível encontrar conceitos importantes sobre aplicações, reutilização, descarte correto e reciclagem do plástico, o Movimento é responsável por diversos projetos voltados à sociedade que, juntos, já impactaram mais de 200 mil pessoas. A iniciativa é uma ação do PICPlast – Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico – fruto da parceria entre a ABIPLAST e a Braskem. Para mais informações, acesse as redes sociais: FacebookInstagramLinkedIn e YouTube.

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