Setor teve crescimento de 36,3% no primeiro semestre do ano, na comparação com 2020. Entre os investimentos, a compra de equipamentos foi destaque no período, com mais de 315 milhões de dólares investidos. Para executivo do setor de automação têxtil, momento pede estratégia para otimizar produção

Depois de um ano difícil e inconstante, a indústria brasileira de moda dá os primeiros sinais de recuperação econômica. Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o setor cresceu 36,3% no primeiro semestre de 2021, na comparação com o mesmo período do ano passado.

E um dos fatores que marca este novo cenário é o investimento em automação, cada vez mais presente nas indústrias que visam ampliar a competitividade de mercado. Ainda de acordo com o radar da Abit, as empresas brasileiras já investiram 315,6 milhões de dólares em equipamentos neste ano. Para o diretor da Delta Máquinas Têxteis, Fábio Kreutzfeld, essa movimentação reflete uma consciência cada vez maior do executivo do setor têxtil em relação à importância da indústria. 4.0. “Há algum tempo o mercado brasileiro vem se reinventando, no intuito de galgar boas posições internacionais no segmento de moda e para isso tecnologias em maquinários para processos que vão desde a abertura de tecido e testes de amostras até a finalização das peças ganham cada vez mais espaço. Sentimos essa preocupação também em nossa rotina, com uma procura cada vez maior pelas nossas soluções em diversas regiões do país”, destaca.

A Delta, que vende também para outros países da América Latina, é uma das marcas brasileiras que apoia a impulsão de um setor cada vez mais automatizado. São mais de 60 soluções desenvolvidas pela empresa, além de projetos customizados, que proporcionam assertividade, maior qualidade às peças e redução de desperdícios em toda a cadeia de produção. “Estes são fatores que marcarão o novo posicionamento das empresas e as tornarão mais competitivas na retomada econômica. Temos, por exemplo, máquinas que reduzem em mais de 80% o tempo de processo. O que faz toda a diferença para tornar investimentos e receita mais estratégicos”, diz.

Automação anda lado a lado com o desempenho

O cenário têxtil brasileiro atual reflete o que pesquisas internacionais já apontavam quando o assunto é automação. Recentemente um levantamento da McKinsey com mais de 500 executivos mostrou que empresas que investem em soluções para este fim não só melhoram o desempenho, mas têm mais chance de chegar à liderança de seus segmentos.

“Temos muito a evoluir, mas acredito que os dados deste primeiro semestre deixam claro o quão disposto o mercado brasileiro está em se reinventar e reassumir uma posição global de liderança. Temos potencial e muitas inovações nacionais que podem nos apoiar neste processo”, finaliza Fábio.

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