Não é segredo para ninguém que as roupas passaram a estabelecer um status social e demonstrar personalidade nos últimos anos. Logo, o mundo mudou, e a moda também. Vivendo uma fase de transformação, o segmento fashion trouxe à tona o entendimento de que as roupas devem cumprir um propósito maior no armário, isto é, há um estímulo à inovação e o desenvolvimento de tecnologias, capazes de atender o novo comportamento do consumidor, que se preocupa com o bem-estar coletivo e o futuro do planeta.

Inúmeros foram os impactos deixados pela pandemia neste setor, ao passo que muitas empresas recorreram a empréstimos para sobreviver em função dos fechamentos repentinos e forçados de suas operações. Não à toa, quando olhamos para nossa realidade, essas dívidas foram capitaneadas, aumentando assim os juros e os próprios dividendos, que traz um reflexo negativo e elevado na geração de caixa.

Reunindo essas dívidas e a baixa oportunidade de operação neste ano, é possível observar um cenário de ineficiência operacional, ou seja, há mínima geração de caixa, principal indicador do varejo no Brasil e no mundo. Diante dos inúmeros desafios, observamos que a tecnologia tem auxiliado grandes e pequenos varejistas, com o intuito de impulsionar as experiências de consumo de moda digital.

Nesta linha, há dois pilares essenciais para o segmento de moda, são eles: eficiência operacional e novas receitas. Uma das principais dores do varejo é justamente o capital de giro empregado nos estoques, afinal quanto mais produtos disponíveis, menor ineficiência e chances de erro. Porém, isto custa caro em um mercado que cobra diariamente velocidade no desenvolvimento . Logo, os estoques necessitam de um giro mais veloz, que demanda eficiência operacional e, sobretudo, dados mais estruturados que embasam efetivamente a tomada de decisão.

Desafiar o estoque, isto é, trabalhar com coberturas menores que trazem mais velocidade e novos produtos com maior frequência, é um grande dilema para as empresas. Aliás, vale ressaltar que quando falamos de ineficiência operacional também nos referimos aos pontos de vendas e operações, independentemente se físicos ou online, não rentáveis. Tratam-se de lojas que apresentam baixa lucratividade ou até mesmo prejuízos, algo comum nas organizações que possuem capilaridade à nível nacional, sem apresentar igual eficiência em todos os pontos de venda.

A tecnologia está em prol das marcas, ao passo que elas integram beleza, funcionalidade e valor. Inúmeras ferramentas mapeiam e distribuem dados estruturados, que aprimoram a acuracidade das coleções, possibilitando assim de forma pragmática comprar menos e vender mais. Isto faz com que a Inteligência Artificial, por exemplo, potencialize a tomada de decisão a partir de embasamentos estatísticos que entregam além de velocidade, um produto mais aderente ao perfil do consumidor.

Outro ponto importante quando analisamos o atual cenário macroeconômico é a criação de novas receitas. Até a pandemia, o varejo de moda era alavancado basicamente pelas lojas físicas, representando mais de 90% das vendas. Porém, diante das inúmeras transformações, a aceleração do e-commerce ganhou destaque, principalmente por meio da omnicanalidade, onde o cliente se conecta com a marca, independente do canal.

Embora o segmento de moda ainda não faça uso massivo destas soluções ou canais, há inúmeros caminhos capazes de potencializá-los como a Recência, Frequência e Valor (RFV) da marca, identificando assim o produto certo, para o cliente certo e no momento certo, a partir do cruzamento de dados. A partir desta metodologia consagrada em outros mercados, o WhatsApp e o próprio CRM também aceleram a performance de vendas das empresas.

Portanto, ambos os pilares, aliado ao uso de tecnologias, trará mais produtividade, eficiência e acuracidade aos times. A IA é uma grande aposta para o futuro da moda, juntamente dos canais digitais e o marketing. Aliás, ferramentas como a Product Lifecycle Management (PLM), são fundamentais para a evolução do setor, porém há um ponto de atenção: cabe aos empreendedores apostarem em quais estão mais aptas para o desenvolvimento em escala e mais aderentes ao momento. Lembre-se: a cultura não pode ser um ofensor para uma transformação!

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