Um dos principais segmentos do PIB brasileiro, com faturamento superior a R$ 194 bilhões em 2021, a indústria têxtil é também uma das que mais polui, ficando atrás apenas do setor de petróleo. Crescer com sustentabilidade é, portanto, um dos grandes desafios do segmento, que anualmente registra 4 milhões de toneladas de resíduos, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

A tecnologia, cada vez mais presente nos parques fabris, tem sido uma das grandes aliadas no processo de redução de desperdício. Além da questão sustentável, equipamentos que dimensionam melhor os tecidos e otimizam cortes também reduzem custos para tornar as empresas mais competitivas.

E essa é a aposta da Delta Máquinas, especializada em soluções para automação da indústria têxtil, com máquinas que aumentam a efetividade da produção. O CEO Fábio Kreutzfeld destaca que além do Brasil, companhias estrangeiras também já contam com itens do portfólio da Delta. “Na Supertex Group, por exemplo, onde mais de 1,7 milhão de peças são fabricadas mensalmente, nossas soluções foram adquiridas através do Programa de Inovação da companhia. As relaxadeiras eliminaram o tempo de descanso dos tecidos antes da mesa de corte. A automação que a máquina proporciona evita que haja variações de medidas no tecido na hora do corte impactando na redução do desperdício de peças confeccionadas”, diz.

Daniel Herrera, diretor de projetos da Supertex, diz que a economia de tempo e precisão na medição de larguras fez a diferença na indústria: “Tivemos uma economia de 34% no tempo de trabalho entre relaxamento e corte dos materiais. A qualidade do material relaxado automaticamente também é superior ao processo manual”.

Testes mais preciso para menos desperdício na ponta

O CEO da Delta destaca que outra solução que faz sucesso entre os clientes é a lavadora de amostras. Além de realizar em 15 minutos o processo de teste em tecido (que em equipamentos domésticos levaria duas horas e uma alta quantidade de água e energia elétrica), os dados coletados na lavagem e secagem dão uma dimensão precisa do grau de encolhimento e torção. “Assim, o tecido é encaminhado para a produção das peças com uma margem muito mais clara e segura em relação ao encolhimento, garantindo qualidade e evitando devoluções de peças lá na ponta da cadeia têxtil”, destaca.

A padronização de acabamento e da embalagem é outro fator essencial para redução de desperdícios. Esse foi o investimento da Malharia Brasil, que adotou a Estação Hidro Aspersora da Delta. O sistema proporciona um acabamento diferenciado dos tecidos, evitando quebra de fios e agregando ações para maior volume e maciez, reduzindo assim o índice de peças de segunda linha, muitas vezes descartadas.

Já na embalagem, a embaladeira automática reduz o uso de plástico para finalizar os rolos que seguem para as confecções. Beto Mazer, diretor da Malharia Brasil, diz que a pesagem e etiquetagem também ficaram mais rápidas com a máquina. “Com a embaladeira automática de rolos integrada às estações hidro aspersoras resolvemos um grande gargalo, em que não obstante, ocorriam erros de registros nas pesagens e colocação das etiquetas”, explica.

Com um crescimento de 20% em 2021, a cadeia têxtil brasileira já percebe as oportunidades da automação. Além da competitividade, as marcas seguem confiantes nas soluções que contribuem com a sustentabilidade do segmento e a redução de perdas em todas as etapas.

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