Mudanças no consumo e avanço tecnológico exigem novas competências das confecções
Setembro de 2025 – O setor de confecção passa por uma transformação acelerada impulsionada pela automação, inteligência artificial e mudanças no comportamento do consumidor. Mais do que produzir roupas, as empresas precisam agora dominar dados, inovar em processos e construir relacionamentos autênticos com seus clientes.
Para Eduardo Cristian, CEO da Costurando Sucesso, empresa especializada em capacitação e consultoria para confecções, três competências serão essenciais para o crescimento do setor até 2026: gestão de processos, leitura de dados e capacidade de adaptação rápida. “Não adianta apenas investir em tecnologia. É fundamental ter pessoas preparadas para transformar informação em ação”, destaca o executivo.
Nova lógica de consumo
O consumidor de moda deixou de buscar apenas preço ou estilo, hoje ele quer se identificar com a marca, sentir pertencimento e enxergar propósito. Para acompanhar esse movimento, as confecções devem investir não apenas em qualidade de produto, mas também em comunicação emocional e modelos de negócio baseados em relacionamento contínuo. “Quem vende só produto e preço perderá espaço. Conexão é o que garante margem e fidelidade”, reforça Eduardo.
Pequenas confecções, grandes oportunidades
Mesmo com acesso limitado à tecnologia de ponta, as pequenas e médias confecções têm diferenciais estratégicos: agilidade e identidade própria. Para essas empresas, inovar não significa grandes investimentos, mas sim adotar práticas simples e eficientes, como reorganizar a produção, reduzir desperdícios, qualificar o atendimento ao atacadista e implementar métodos básicos de análise de custos.
Tendências até 2030
A Costurando Sucesso identifica quatro tendências que devem moldar o setor até o fim da década:
• Sustentabilidade radical: deixará de ser diferencial e passará a ser obrigação.
• Produção sob demanda e coleções enxutas: para reduzir estoques e riscos.
• Integração digital total: marketplaces, canais próprios e omnichannel como padrão.
• Valorização da mão de obra: com impacto direto na eficiência e no posicionamento no mercado. Segundo Eduardo, as empresas que vão prosperar são aquelas que souberem equilibrar eficiência produtiva e fortalecimento de marca. “Modelos baseados apenas em volume e sem propósito tendem a perder relevância. O futuro será de quem tem processos estruturados, identidade clara e conexão com o consumidor”, conclui.
