Em 29 de agosto, às 14h, a exposição “A Poética do Fazer: Moda e Arte no MAB” realizará a troca de algumas peças.  Serão disponibilizadas 15 vagas aos interessados em participar que deverão se inscrever. Os participantes terão a oportunidade de conhecer como funciona esse processo, quais os cuidados necessários e qual a importância da conservação de um acervo de moda.

 A partir do dia 30 de agosto, 16 novos looks poderão ser vistos na mostra que dá ao visitante a oportunidade de passear por 120 peças dos acervos de Moda e Artes Visuais do Museu de Arte Brasileira MAB FAAP, entre criações de Lino Villaventura, André Lima, Lorenzo Merlino e Ronaldo Ésper, pinturas de Paulo Almeida e Claudio Tozzi, vídeos de Beth Moisés e Panmela Castro, entre outros artistas e estilistas.

 No mesmo dia, às 14h00, as curadoras Denise Pollini e Laura Rodríguez participam de um bate-papo presencial e aberto ao público, sobre a coleção de Moda do MAB e a curadoria da exposição.

 “Algumas peças estão sendo trocadas por questões de conservação, pois a exposição prolongada afeta os materiais que as compõem, outras estão sendo trocadas para possibilitar que o público conheça mais peças do acervo de Moda do Museu”, explica Laura Rodríguez, curadora da exposição.

 O acervo de moda do museu teve início em 2016 e hoje tem mais de 320 peças de estilistas brasileiros contemporâneos, que vem sendo catalogadas, acondicionadas e preservadas para as futuras gerações.

 Denise Pollini, cocuradora, explica que além do vestuário a mostra traz outras peças do acervo de artes visuais do museu. “Colocamos em diálogo o fazer e a sua poética na arte e na moda, tensionando os limites de ambas. Também compõe esse conjunto, peças de Wearable Art, movimento da década de 1980 que tratava itens de vestuário como arte, para provocar a reflexão sobre suas fronteiras”, acrescenta.

 Com cenografia de Tito Ficarelli, a exposição está dividida em seis núcleos: Entremear, Justapor, Arquiteturar, Vazar, Estampar e Performar, tendo como fio condutor ações relacionadas ao fazer manual, com o uso do têxtil.

 Em Entremear, o público pode apreciar peças em que o entrelaçamento das fibras naturais, as tramas, o bordado e a textura estão muito presentes. Neste espaço, estão expostos, um vestido em patchwork com volume de Lino Villaventura, e uma túnica em crochê de André Lima, que fazem diálogo com uma obra de Isabella Lescure na qual a artista desenha com tinta e fios entremeados.

 Justapor reúne peças escolhidas a partir do uso de colagem, do patchwork, da assemblage e da união de diversas culturas ou universos, como uma capa colorida feita de fitas de seda, de Lino Villaventura, uma tela de Claudio Tozzi, intitulada “Colcha de Retalhos”, e um conjunto de blusa com adornos de cerâmica e saia de retalhos, de Lorenzo Merlino.

 O núcleo Arquiteturar apresenta a roupa com forma escultórica, além do uso do desenho, da geometria e da estrutura nas peças. Uma roupa feita de metal e plástico, chamada Cloud Dress, de Jum Nakao, é um exemplo de obra que está nesse espaço, ao lado de um vestido de Gloria Coelho que dialoga com a obra de Estevão Nador, em que ele traz relevos em madeira sobre compensado.

 O quinto núcleo, Estampar, apresenta a superfície utilizada como veículo de um desenho, priorizando, principalmente, o uso gráfico, seja no estampado, no bordado ou no tecido. Um vestido estampado com lantejoulas e pinceladas brancas e douradas, desenvolvido por André Lima, e um casaco de estampa bordada colorida de Lino Villaventura, dialogando com a obra de Sylvio Palma, em que ele utilizou lã em tear manual de arraiolos, são algumas das peças que estão expostas.

 Em Performar é abordado o não-realismo ou a vertente ritual da indumentária, transportando o espectador para uma outra realidade. Neste espaço, são apresentadas peças em que o criador explora ao máximo sua fantasia, seja criando desfiles de marionetes, como Fause Haten, em 2013, ou destruindo peças em um desfile, como fez Jum Nakao em 2005 com sua coleção “A costura do invisível”.

 O último núcleo, Vazar, mostra peças fundamentadas a partir do conceito de positivo e negativo, presença e ausência, recorte e desenho. Nele, o público pode ver um vestido vazado de Lorenzo Merlino, ao lado de uma obra de lã em tear manual de Jacques Douchez, além de um vestido com recortes feito por Reinaldo Lourenço, com paetês, laços e cristais. 

 “Os núcleos não são herméticos, ou seja, totalmente fechados, portanto muitas peças poderiam estar em diferentes seções. Neste procedimento, também apresentamos o fazer curatorial como um exercício criativo, além de convidar os visitantes a pensarem novas aproximações e confabulações”, diz Denise.

 A exposição também traz a cortina cenográfica Renove, produzida em parceria inédita pelas empresas Unifi e Döhler, feita a partir de reciclagem de garrafas PET. O produto, tem em sua composição fios REPREVE®, líder global em fios reciclados de alta performance e tecnologia de rastreamento.

 “Ceder a matéria-prima da cortina para o MAB, através de uma exposição que valoriza a sustentabilidade, permitiu que o tecido Renove Döhler retirasse do meio ambiente aproximadamente 5.000 garrafas PET”, explica Mauro Barreira Fernandes, CEO da Unifi do Brasil.

 Gratuita, a exposição ficará em cartaz até 3 de dezembro. Ao longo do período, serão realizadas conversas com artistas e estilistas, oficinas, visitas guiadas e outras atividades.

 Exposição “A Poética do Fazer: Moda e Arte no MAB”

  • Período de visitação: 5 de abril a 3 de dezembro 2023
  • Horário: Todos os dias, das 10h às 18h, exceto as terças-feiras (fechado, mesmo aos feriados)
  • Endereço: R. Alagoas, 903 – Higienópolis
  • Informações: (11) 3662-7198
  • Entrada: Gratuita
  • Inscrição para participar da troca de peças: https://forms.gle/RPuYN7sFFaNxhbos7

 Artistas expostos:

André Lima, Beth Moysés, Claudio Tozzi, Davi Ramos, Estevão Nador, Fause Haten, Fernando Marques Penteado, Gláucia Amaral, Gloria Coelho, Isabella Lescure, Jacques Douchez, Jean-Denis Maillart, João Braga, Jum Nakao, Liana Bloisi, Lino Villaventura, Lorenzo Merlino, Madeleine Colaço, Marcia Thompson, Panmela Castro, Paulo Almeida, Paulo Aquarone, Paulo Lima Buenoz, Reynaldo Lourenço, Ronaldo Ésper, Sergio Niculitcheff, Sylvio Palma e Vânia Sommermeyer.

 Sobre o MAB FAAP

Desde que abriu suas portas pela primeira vez em 10 de agosto de 1961, com a mostra “Barroco no Brasil”, o Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) se comprometeu a incentivar e divulgar a arte brasileira. Além de seu acervo próprio que conta com mais de 3 mil obras de arte a partir do final do século 19, no decorrer dos últimos anos, abrigou exposições marcantes para a história da cultura do País, como a exposição “Toyota – O Ritmo do Espaço” premiada pela APCA em 2018. Em 2016, foi criada a Coleção Moda-MAB que reúne vestimentas, bonecas e acessórios de estilistas contemporâneos brasileiros, fortalecendo o vínculo entre o museu e a moda, que desde 1989 esteve presente por meio de desfiles e exposições vinculadas ao tema. Cabe destacar que além da pesquisa e organização de exposições de temas pertinentes às artes visuais brasileiras, o MAB incorporou a apresentação de mostras de arte internacional com temáticas de interesse geral que trazem experiências significativas ao público e ampliam a compreensão do fazer artístico e cultural.

 Sobre a Unifi

A UNIFI é fabricante de fibras e fios sintéticos de alto desempenho, fundada em 1971 na Carolina do Norte, tem instalações na Ásia, Europa, América do Norte, Central e Sul. No Brasil, possui uma planta industrial de texturização que atende todo o mercado têxtil nacional.

 A Unifi do Brasil apoia iniciativas que valorizam a sustentabilidade, a cultura e o social. Alinhamos nossa estratégia corporativa com sustentabilidade e por meio do REPREVE®, nossa marca líder global de fios reciclados de alto desempenho tecnológico, o grupo UNIFI já transformou mais de 36 bilhões de garrafas plásticas em fibras e fios reciclados. Esperamos transformar 50 bilhões de garrafas até 2025.

 A tecnologia FiberPrint, utilizada no REPREVE® permite sua identificação em qualquer etapa da cadeia produtiva, garantindo transparência e confiabilidade para o consumidor final.

 Sobre a Döhler

Uma das principais indústrias têxteis da América Latina, reconhecida globalmente pela qualidade, ética e práticas sustentáveis. Com 141 anos de história e cerca de 3 mil colaboradores, a Döhler traz em seu DNA o pioneirismo em pesquisa e desenvolvimento, a responsabilidade social e a inovação. Em seu parque fabril de 200 mil m², localizado em Joinville (SC), são produzidos artigos para o lar, tecidos para a indústria de calçados, para indústrias moveleiras e de colchões, além de soluções para os setores hoteleiro e hospitalar.

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